Guardei teu nome
comigo, querida.
Guardei-o por egoísmo,
para não vê-lo
destruir-se
em outras bocas.
Guardei-o por tantos
anos,
que se tornou apenas
sussurro,
um lamento agudo
recitado em voz grave
[no fundo da mente.
Guardei o teu nome sem
poder:
roubei-o para mim.
Às escuras, ainda
sinto sua presença
a rondar-me espantoso.
E o teu nome, querida,
tornou-se agrura.
Cruas,
as letras que antes o
compunham
desmancharam-se:
- Como papel molhado.
Teu nome é meu bem
mais precioso,
que resiste aos
suspiros
e às lembranças cruéis
da pronúncia.
Como se diz?
Já não sei. Agora,
é eco o que sinto
[ao ouvi-lo.
felizes daqueles que tem um nome para amar.
ResponderExcluirprofundo e leve. adorei!
=)
Grande Luciano! Arrasou, cara. Que texto lindo.
ResponderExcluirBom ver que o blog está de volta! Lembro de seu começo, há alguns anos, nos tempos da ONU. Eita, faz é tempo.
Beijos!
Ju